IN EUROPA
O que está a acontecer ao ex-ministro dos Negócios Estrangeiros tem um valor pedagógico para Portugal, maior do que se poderia ajuizar. Depois de décadas de compadrio, favores e cunhas a preceito, partilhados, consentidos e incentividados entre os que têm partilhado o poder, recebemos pela primeira vez um sinal de que "desta vez, não passará". Claro que acho piada aos membros de outros partidos que têm dividido o poleiro entre si, desde (e em termos pessoais, volta e meia, ANTES de ) 1974 armarem-se em putas virgens, exclamando: "Ai que mau que o menino foi!". Martins da Cruz poderá ter "dado um jeitinho" no percurso académico da filha. Mas, nada que carradas de outros indivíduos do seu partido, bem como do PS, PCP ou CDS, não tenham feito antes. Não que isso lhe aligeire o pecado.
A vantagem destes inícios de século moralistas é que do ponto de vista do descaramento político as coisas moderam um bocadinho.
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